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O contributo das grandes teorias para a História da Psicologia?

No teu blogue vai fazer um resumo deste texto, citando as passagens que consideres relevantes.

Portanto:
  1. Não deves copiar todo o texto.
  2. Lês com atenção todo o texto
  3. Identificas os temas que consideras importantes
  4. Fazes citações das passagens que comprovem cada um desse temas.

Exemplo:

  • A História da Psicologia científica começou há muito pouco tempo.

A Psicologia científica não ocupa senão um pequeno período desta longa história, um pouco mais de um século.

  • Foi preciso vencer barreiras:

por exemplo, em Medicina, impediam a dissecação de cadáveres


As citações são assinaladas em itálico.

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Qual o contributo das grandes teorias para a História da Psicologia?

Mais de dois milénios separam a Psicologia filosófica grega da Psicologia de hoje. Neste intervalo de tempo, o ser humano passou da escrita sobre uma tabuinha de cera ao processamento de texto em computador.

A Psicologia científica não ocupa senão um pequeno período desta longa história, um pouco mais de um século. Foi necessário muito tempo para a Psicologia, como aconteceu com todas as outras ciências, vencer as barreiras religiosas (que, por exemplo, em Medicina, impediam a dissecação de cadáveres) e um tempo suplementar para passar a considerar o ser humano como um "objecto de estudo", ou melhor, um "animal de estudo".

Foi necessária a intervenção de cientistas com fortes personalidades e grande determinação, como Darwin, Freud ou Watson, para se combaterem as opiniões correntes impondo um olhar objectivo sobre o comportamento humano e aplicando neste estudo métodos científicos semelhantes aos da química ou da fisiologia.

Darwin e a evolução

Em meados do século XIX, Charles Darwin (1809-1882) formulou a tese de que os seres humanos, tal como os animais, se formam por evolução. Como naturalista, notara que os criadores de animais faziam a selecção artificial de espécies que iam ficando com certas características; do mesmo modo os fósseis de espécies consideradas extintas pareciam-se muito com certas espécies vivas. Assim, considerou que as espécies não são fixas (criadas de uma vez por todas) mas que as espécies evoluem formando-se gradualmente, a partir das anteriores, por divergências em pequenos aspectos. Por exemplo, a modificação dos bicos de certos pássaros, semelhantes em tudo o resto, resultaria de variações que os tornariam mais aptos a procurar alimentos.




Começou a anotar estas ideias nos "Cadernos sobre a Transmutação das Espécies" e, em 1838, já estabelecera as grandes linhas da sua teoria da evolução das espécies mas, receando a opinião pública", nada publicou. É então que um jovem naturalista, Alfred Russel Wallace, lhe envia um texto sobre a sobrevivência do mais apto. Darwin apercebe-se de que este seu compatriota, sem conhecer o seu trabalho, redigira o que parecia ser um resumo da sua teoria. Vê-se obrigado a publicar em 1858 a sua famosa e polémica obra Sobre a Origem das Espécies, da qual se vendem, logo no dia da publicação, 1250 exemplares.